sábado, 18 de fevereiro de 2012


POR QUE ME  TORNEI  ESCRITOR

         Dois fatos influenciaram minha decisão em escrever.
         O primeiro fato foi a influência do escritor inglês A J Cronin, cujos livros li nas décadas de 1950 e 1960. Em “Pelos Caminhos de Minha Vida” conheci sua história e fatos que me marcaram para sempre.


A.J. Cronin, c. 1930.
[Credit: Hulton Archive/Getty Images]








     A J Cronin

           Sem dúvida, Archibald Joseph Cronin influenciou minha vida.
           Formado em medicina, após ter servido na marinha durante a primeira guerra mundial, foi clinicar em uma pequena cidade do interior junto a um médico tradicional, onde poderia angariar conhecimentos. Posteriormente montou consultório em Londres onde enriqueceu. Aos sessenta anos aposentou-se da medicina e partiu em busca do grande sonho da juventude: ser escritor. Alugou uma chácara no interior da Inglaterra e lá passou cerca de nove meses escrevendo seu primeiro romance. Quando o concluiu folheou aquele calhamaço de papel e não acreditou que a estória teria êxito. Então, deixou a casa e jogou o livro em um latão de lixo. Desanimado saiu a caminhar  pela estradinha de terra. Em dado momento passou por uma fazendinha onde um homem arava a terra. Intrigado, perguntou-lhe:
            - Senhor, como foi a colheita?
            - A geada destruiu tudo. Perdi toda a plantação.
          - Foi o que imaginei. Aí pergunto, está arando a terra de novo, após tanta perda. E se vier outra geada?
           - Eu não desanimo nunca. Vou arar, plantar e colher.
        Cronin, ouvindo aquilo, voltou para a chácara, pegou o livro no lixo e o enviou a uma Editora, em Londres.
           Passadas algumas semanas recebeu, pelo correio, um envelope. Nele, uma carta e um cheque polpudo. A Editora não só publicaria o livro, como enviou-lhe um adiantamento.
          O livro jogado no lixo e, agora, assumido pela Editora teve, no Brasil, o título “O Castelo do Homem sem Alma”. O êxito foi grande e Cronin se consagrou como escritor.
            Aquela lição norteou minha vida.
          Cronin escreveu ainda “Três Amores” (1932), “Nas Ilhas Canárias” (1933), “Debaixo das Estrelas” (1935), “Cidadela” (1937), “As Chaves do Reino” (1941). Com “Cidadela” e “As Chaves do Reino” atingiu a notoriedade transpondo para as obras suas inquietudes religiosas e suas experiências médicas em relatos de grande tensão argumental. Atingiu êxito de venda com “O Destino de Robert Montreux” (1948), “O Jardineiro Espanhol” (1950), “Os Verdes Anos” (1950), entre outros.


O segundo e decisivo fato que me influenciou foi o comentário da amiga e   companheira de Rotary Almerinda me fez. Dedo em riste, disse que gostava muito do que eu escrevia no jornal “O Coeso” do Rotary Club de Brasília Norte, e que gostaria que eu continuasse a escrever.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3xmJr2bONASyKTStsZ96RXuYXYAZma_oYFtEiffEu6x5_Lr6xaF9yrsyAv9PtaYA1pylVMg_iVoc-nR6Bwh4poDtg1kS31GHv37WeIMT_cyL-h-VcMQPOUiKCY7GfWJ3SdXON4IhQnhk/s320/2007.05.22+Casarao+Verde+95.jpg
                Almerinda

            Com aquele comentário fui para casa, abri o computador no world e resolvi escrever um Conto. Uma casa me veio a memória e coloquei o título: “O Casarão Verde”. Concluído o Conto decidi, ao invés de publicá-lo, escrever um romance. Escrevi “O Casarão Verde – paixão sem limites”. A medida que escrevia concebia a trilogia. Veio, então, o segundo livro: “O Dossiê de Umbrícola – a organização”. Ambos foram editados e lançados em Brasília em edição experimental. O terceiro “A Herdeira – resgate de valores” conclui a  trilogia e será lançado brevemente. A trilogia que contempla os três livros terá o título “A Saga de Júlia”, e será lançada em nível nacional, brevemente.

           

           
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·         Oficio de narrador

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