quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ESPAÇO DO POEMA



Retrato da vida

Ela chegou 
com as “águas de março”
que inspiraram 
o poeta de fato. 

A linda menina, 
entre graça e encanto,
foi num crescendo, 
correndo e brincando. 

No limiar da infância 
descobriu a mulher 
dentro dela, 
sem nada entender. 

Na consciência da inconsciência 
percebeu a inconseqüência, 
que deu importância, 
sem importância ter. 

Afinal, 
a fantasia era parte 
da graça da menina 
que queria ser mulher. 

Fechou-se em si 
sem compreender 
por que se punia 
de tanta pureza. 

No desenvolver da mulher, 
na formação da consciência, 
deu-se compreensão 
no entender dos fatos. 

No limiar da jovem,
sem o perdão 
dos deuses, 
fez-se mulher. 

Tempos passados, 
de consciência inconsciente. 
Tempos de hoje, 
de pura consciência. 

É ela. 
A criança, 
a menina, 
a mulher.

Ricardo Ferrer

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