segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ESPAÇO DO POEMA


E por falar em botão...

De rosa, perfumado.
De blusa, confidente.
Cá com seus botões, ou seriam os meus
a confabular pensamentos só teus?

Com quem compartilhar
segredos tão secretos,
senão com eles,
os botões?

Lá no íntimo do cérebro,
ou seria do coração,
segredos a leva à confidências  com eles,
os botões.

Botões de sua blusa,
ou seriam da minha,
que de tão íntimos
conhecem teus segredos?

Quando tens que guardar,
mas precisa contar,
fala com eles,
os botões.

Eles se fecham para protegê-la,
salvo um que se abre
para mostrar seus traços,
tão belos.

Assim são eles,
os botões,
em conluio contigo.

Ah,
o que seria de ti,
tão bela, com segredos a contar,
não fossem seus botões?

Ricardo Ferrer

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